A mulher tem prazos e fases bem definidas. A mulher tem data. Qual mulher não se lembra da data em que se tornou uma mulher? Da noite para o dia, pronto, é capaz de procriar, não é mais uma menina. Todos os meses, em uma data aproximada, vai sofrer, sentir dores, mudar o humor e ter que lidar com o sangramento, até que vença o prazo de validade e se torne seca e improdutiva. Essa é a data da velhice. A data em que a mulher não serve mais para a reprodução.
Qual mulher não se lembra de seu primeiro e traumatizante fio de cabelo branco? A data dao início da decadência? E quando o cabelo branco é de outras partes que não do couro cabeludo, mais depressão.
A evolução da mulher é marcada pelas datas. O homem não tem datas, a não ser as convencionadas para a juventude, maturidade e velhice, mas ele não tem a assinatura do seu corpo afirmando que aquilo é aquilo mesmo e pronto. O homem é uma linha contínua de progressão (ou regressão) suave, a mulher é uma linha decadente e tortuosa, como uma montanha russa e seus pontos de quedas.
O homem caminha pela vida, talvez, como se não se desse conta de sua progressão. Just walk. A mulher é lembrada a todo momento de que não manda em nada, não controla nada, seu corpo é quem manda (pesar de todas as pílulas mágicas que nos auxiliam). Quando o corpo diz que a hora chegou, não tem disfarce ou escapatória, é hora de pular para o próximo nível. A mulher muda de nível, vira um outro avatar. O homem é o mesmo avatar com alguns acessórios dos quais às vezes nem se dá conta. Ou sem outros acessórios que vão caindo pelos caminhos.
A mulher é assim. Fatos da vida real. O homem é assado. Fatos Freudianos.
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