Odeio calor!


Eu odeio calor e duvido que alguém goste. Vejam bem, por que o inferno é descrito quente, cheio de chamas, lavas, caldeirões e água fervente? Porque é literalmente um inferno sentir calor! Tudo é ruim e sacrificante, tudo é cansativo, suado e fedorento. Vamos aos exemplos dos terrores vividos no verão intenso:

Dormir: 

É necessário todo um aparato de coisas refrescantes como ventiladores, ar-condicionado, ou poucos aparatos, como dormir peladão. Mas então vem os mosquitos ajudantes do Lúcifer para atazanar a noite. O dia é longo, tem horário de verão (agora, por exemplo, são 18:47 e o sol ainda está rachando lá fora), se a janela é de vidro e não se tem cortinas escuras, o sol invade a casa lá pelas cinco da madrugada e é difícil continuar na cama. Resumo, impossível dormir!

Acordar:

Acordamos suados e cansados, tomamos banho e já saímos suando do chuveiro. 

Comer:

A fome diminui (o que para alguns pode ser bom), e depois que comemos, nos sentimos exaustos, indispostos e sonolentos.

Andar:

É como escalar o monte Everest do Saara, se fosse possível e existente. Qualquer morrinho gera um sofrimento inenarrável e um esforço árduo, sem falar que ficamos todos molhados, grudentos, fedorentos e queimados de sol. 

Trabalhar:

Sem comentários, não deveria existir trabalho no verão. Ponto.

Andar de ônibus:

É como subir na barca do inferno, a pior experiência de todas. Junte todos os elementos anteriores, acrescente o desconforto de ter 60 pessoas na mesma situação, todas encostadas umas nas outras, reclamando, gritando e chorando. Foi isso o que Dante viu quando desenhou o inferno.

Verão é bom só para quem está na praia, a passeio, ou ganhando dinheiro com turistas, ao contrário, é só dor e sofrimento.


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