Depois que fiquei velho




 Recebi nessa manhã essas palavras tão doces de meu querido companheiro, emocionei-me. Obrigada, meu amor, saibas que sou grata por ter te encontrado. Mereço? Sei lá. Espero que sim. Amo- te, Luiz Correa.


Depois que fiquei velho
As palavras me faltam.
Queria eu ser novamente,
Encontrar aquela inocência
Que me fazia acreditar nas palavras.
Aquela que me fazia mostrar-te
O que nunca te mostrei.
E mostrar assim mesmo.
Ter a certeza imaculada de responder-te à altura,
Do que me dizes no dia a dia.
Coisas lindas!
Mais o lindo é pouco, pobre, esparso adjeto.
E até a coisa que te digo “eu te amo”,
Que muito maior é
Do que consigo me expressar!
Não, não, não... Não consigo dizer,
Nem responder-te à altura:
Das surpresas que me proporcionas com teus bilhetes,
Das delícias que permites ao amanhecer
E cujo resultado levas contigo de corpo e alma,
Quando levanta-te exausta para seguir a vida.
Não sem antes me dizer bom dia com aquele bilhete.
Tu és livre.
E eu? Fico tentando mexer nestas palavras inúteis, burocráticas, inertes.
Menores do que sinto verdadeiramente.
Então vou dizer logo:
Amo-te!
Mas saiba  o tanto,  por favor, quando eu te pego em cheiro.
Quando não estou aguentando mais de saudade,
Da vontade dos braços, pernas e pés envoltos aos meus,
Depois daquele beijo que tanto queria te dar.
E aí, quem sabe assim, as palavras ganhariam amplitude.
E voltaria aquela inocência que já não tenho mais
E que só este sentimento infinito me traria de novo.
Você me faz querer ser livre também.
E sou, por certo.
Por que amo-te também.

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