Aquele sentimento que exige de mim que o observe a cada instante,
Que admire seus olhos, por vezes cansados, outras, incendiados,
Que me pega sorrindo no admirar, no pensar, no amar dolorido,
Que me arrebata.
Aquele sentimento que me força a não resistência do querer,
Do desejar espremer entre os dedos e os lábios, a essência,
Da ânsia de sugar aquela vida que dá sentido à minha existência e
Que também me mata.
Aquele sentimento de urgência de possuir e de ser possuída,
De engolir, mastigar, saborear, entrar, unir, de ser fundida,
De sentir todos os cheiros e gostos, até sentir mais nada,
Que me põe estupefata.
Arrebata-me, mata-me, estupefica-me,
Até que exausta, lance-me na paz,
Sem dor, sem ânsia, sem exigência,
Serena, desejando sempre mais.
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