Tanto amor assim inunda
De maneira que quase me afogo
E me perco
Nas loucas e agitadas correntes.
Não respiro dentro da areia funda,
E quando penso que não, logo
O mar é seco,
E o ar me penetra pelos dentes.
O tornado arrasta - me pelos continentes,
Joga-me, quebrando-me
Deixando - me extasiada.
Quando me cato, me vejo diferente,
Elevada por brâmanes
Contentando - me com o nada.
O amor despedaça tudo,
Mas os despedaçados
Tornam-se plenos em seus pedaços;
Por um instante nos deixa surdos,
Um tanto desesperados,
Nos redundando em pleonasmos.
Tanto amor assim nos dá asas
Que podem nos levar ao longe,
Ou a lugar nenhum...
Afoga - nos, nada disfarça
E nos lança para onde
Tudo significa um.
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