Conselhor de amor - IV - "Cuidado com o que desejas, pois pode se realizar."


Desejamos tantas coisas o tempo todo mas nunca paramos para pensar nas consequências, caso todos esses desejos se realizem. A felicidade nos parece algo distante, que mora ali ao lado, mas não é paupável para nós; desejamos o que não temos. Desejamos uma casa grande e luxuosa, desejamos tempo livre para os prazeres, desejamos poder viajar pelo mundo,  possuir objetos pelo simples prazer de possuir e desejamos encontrar o amor eterno. Será que queremos tudo isso mesmo? E se...

E se, de repente, não mais que de repente, tudo o que desejamos viesse para nós? Realizaríamos todos os nossos desejos, e depois? Acabariam - se os sonhos de toda uma vida? Conseguiríamos encontrar novos sonhos? E o sabor das realizações, seria igual aos dos nossos desejos? E as novas responsabilidades herdadas pela nova condição, seriam menores do que as que tínhamos anteriormente? Nesse momento sentimos MEDO. Medo de realizar os nossos sonhos, por que não temos a certeza de que vai ser da maneira como da qual pintamos em nossos devaneios,  e gostamos de devanear! Gostamos de imaginar e logo poder acordar e voltar para as nossas batalhas diárias, por que é com elas que estamos acostumados e é por elas que o alívio de tirar as botas no fim do dia parece um bálsamo para a alma cansada;Não gostamos de bálsamo o tempo todo.

E se...
E se, de repente, não mais que de repente, tivéssemos que tomar uma única decisão capaz de mudar toda uma vida? Teríamos coragem de arriscar todo o nosso martírio confortavelmente conhecido e alçar novos vôos? Teríamos coragem de conquistar nossos sonhos? Seríamos fortes o bastante para aceitar o que pedimos?

O amor tem destas coisas...De repente, não mais que de repente, traz um furacão para dentro de uma vida e muda todas as certezas e todos os sonhos. De repente, não mais que de repente...

Comentários

  1. De repente, não mais que de repente, o sonho só é sonho porque não pode ser realizado, a mera possibilidade de sua realização pode tirar dele a magia de ser o que ele realmente é: só um sonho!
    Adorei a sua reflexão, Lu. beijos...

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